28 de setembro de 2012

Book Confessions (9)


Numa livraria ou numa biblioteca, que eu cá não sou esquisita. Mas viver rodeada de livros, isso seria um sonho. É verdade que já tenho muitos em casa, mas ainda não forram as paredes como nos locais mencionados.

27 de setembro de 2012

Booking Through Thursday: Carry-ons


A pergunta desta semana é...
Do you bring the book(s) you’re reading with you when you go out? How? Physically, or in an e-reader of some kind? Have your habits in this regard changed? (I know I carried books with me more when I was in school than I do now–I can’t read while I’m driving to work, after all.)
Sim, têm sempre lugar na minha mala, esteja a ler um livro físico ou no Kindle. Só não carrego livros bastante pesados ou de tamanho considerável, como The Complete Works of William Shakespeare, por não ser prático. Até posso não ter oportunidade para ler ou não me apetecer ler quando vou num transporte público, mas saber que o tenho na mala é algo reconfortante.

"We are the introverts"

Eu já por aqui tenho mencionado este blog, mas tenho de o fazer mais uma vez porque identifico-me tanto com as comics. Esta não é excepção.
Ainda mais curioso foi a comic ter ido para o ar após ter falado com amigas sobre ser introvertida. Como digo muitas vezes no twitter, coincidências assustam. O_o

24 de setembro de 2012

Setembro 2012

Nota:Este post será bilingue em algumas partes. A lista de livros lidos pode ser encontrada no post dedicado a cada desafio. É só carregarem no link.
~*~
Note: This post will be bilingual at some parts. The list of books read can be found on the post dedicated to each challenge. Just click on the link.

O balanço chega mais cedo porque vou tirar um tempinho para mim, mas estando próximo o fim do terceiro trimestre, impõe-se um novo olhar sobre vários os desafios que penso completar este ano. Podem ver também os anteriores em março e junho.


Continua em suspenso.


Está a ser difícil fazer 5 em linha, apesar de ter 4 possibilidades. xD Mas para todo o cartão faltam, neste momento 8 livros. Para o ano devo vir a repetir este desafio, está a ser bem giro de fazer e faz-me sair um pouco da minha zona de conforto. :)


Este trimestre não li tantos da pilha TBR como estava à espera. Até junho tinha lido em média 1 livro por mês, mas nos últimos 3 meses li apenas 1 livro. Posto isto, penso que vou a 2508 metros do Pike's Peak, a montanha que me decidi a escalar e o livro que mais me surpreendeu foi realmente o último que li, O Símbolo Perdido de Dan Brown, simplesmente porque há algum tempo que não lia um livro tão viciante. Não foi o melhor que li até agora, mas o Dan Brown escreve mesmo à minha medida. :P

Este vai ser um desafio a manter para o ano porque a pilha cresceu exponencialmente. Até agora adquiri ou foram-me emprestados pouco mais de 90 livros! Li cerca de 40 o que dá um aumento de 50 livros. Tenho realmente de inverter a tendência. É difícil, sou compradora de livros compulsiva mas tenho mesmo de alterar alguma coisa. :/

~*~

This time I didn't read as many books from my TBR pile as I hoped. Until June I read something like a book per month but in the last 3 months I only read 1 book. I think that means I'm at 2508 metres of Pike's Peak, the mount I decided to climb, and the book that surprised me most was the last I read for this challenge, The Last Symbol by Dan Brown. I was in a bit of a reading slump and it just grabed me, I couldn't put it down and would even talk about it while I wasn't reading. It's not the best book I've read until now, but it certainly was entertaining. Dan Brown seems to write for me. :P


I'll be signing up for next year, maybe try a higher mount since my TBR grew so much! I bought or was lent about 90 books! Only read about 40 which means the TBR pile grew 50 books. I really should do something about it but it's difficult since I'm a compulsive buyer. Must change that. :/


Não avancei mais neste desafio, por isso continuo com 3 temas lidos, de um conjunto de 9.

~*~

Haven't read nothing more for this challenge so I continue to have read 3 out of 9 themes.


Também não li mais nada neste, por isso 3 de 6 temas.

~*~

Haven't read books for this challenge either, so 3 of 6 themes.


Ainda não peguei num único livro. :/


Li 3 livros, vi bastantes adaptações e até uma peça de teatro. Nada mal, mas queria ver se ainda lia mais duas obras, uma comédia e uma peça histórica visto que só li tragédias. Por isso, ainda não é desta que dou a temporada por terminada, embora uma outra temporada dedicada a outro tema possa estar a caminho



Olhando para os desafios, tenho que trabalhar em alguns deles, mas acho que o saldo tem sido positivo. Alguns são para manter para o ano que vem, nomeadamente o Book Bingo e o Mount TBR Challenge.

E agora algumas coisas que me foram chamando a atenção:

Por fim, as aquisições... Acho que jamais havia adquirido tanto livro, sem ser por ocasião da Feira do Livro de Lisboa. Nem me vou dar ao trabalho de colocar aqui a lista mas entre compras, ofertas e empréstimos, 16 títulos encontraram o caminho até minha casa, dos quais 11 são livros e 5 e-books. Assim sendo, só este mês a lista TBR cresceu 11 livros (já que li 5) para 460 livros por ler (86 e-books + 364 livros + 10 áudio-livros). :/

Pode ser que agora de férias me consiga controlar um pouco, mas as esperanças não são muitas. Ando a trabalhar nas minhas resoluções para o próximo ano, algumas estão na minha agenda e uma das resoluções a trabalhar continuamente (inspirada no livro Projecto Felicidade) será "abdicar de algo" e espero então abdicar de comprar mais livros, sobretudo aqueles em que não sei quando vou pegar mas trago porque a capa é bonita, a sinopse parece interessante ou anda toda a gente a falar dele. Se não for para ler assim que o compro, não é para vir comigo. E isto tem de valer tanto para compra de livros em lojas físicas, como on-line e em passatempos. Não é para ler assim que o tiver em mãos? Fica onde está.

E acho que é isto por este mês. Até breve. o/

22 de setembro de 2012

Projecto Felicidade

Autor: Gretchen Rubin
Não Ficção | Tema: Memória
Editora: Estrela Polar | Ano: 2010 | Formato: livro | Nº de páginas: 332 | Língua: português

Como me veio parar às mãos: veio das BLX.

Quando e porque peguei nele: 11/setembro a 16/setembro. Não posso ver as pessoas a ler livros, que tenho de os ler também. xD Conta para os desafios: Book Bingo - Não ficção.


Opinião: Passei a seguir o blog da autora este ano numa tentativa de conhecer outros sistemas para “gestão” de tempo e organização, por modo a conseguir dedicar-me a coisas que aprecio e a meter em marcha projetos e resoluções, basicamente queria deixar de procrastinar tanto. Em parte tenho conseguido, e tenho-me sentido feliz com isso, mas depois de ver a Tchetcha a ler o livro pensei “será que posso ser mais feliz?”

Tal como a autora, não queria mudar radicalmente de vida. Deixar trabalho e família para trás e partir pelo mundo em busca do “eu” nunca foi a minha onda, talvez porque a minha família não é tão má como isso e, apesar de dias maus, gosto do meu trabalho. É como tudo, com o bom há coisas más mas por enquanto o bom vai vencendo. Mas dizia, queria mudar de vida sem mudar de vida e o livro parecia-me bastante interessante.

Gretchen Rubin decidiu então fazer um “projeto felicidade” e colocá-lo em prática ao longo de um ano, relatando neste livro a sua experiência. Começou por decidir o que queria mudar, ter mais energia, dedicar-se à família, etc, acabando com 11 grandes áreas em que trabalhar. Resolveu depois dedicar um mês a cada área, tecendo resoluções a concretizar e mantendo-as pelos meses seguintes. Por exemplo, em janeiro dedicou-se à energia, em fevereiro ao casamento mas continuando a seguir as resoluções energéticas, por assim dizer, de janeiro e por aí adiante (ela explica melhor :P ).

Achei algumas resoluções interessantes e aplicáveis à minha pessoa, mas gostei sobretudo dos 12 mandamentos e dos “Segredos da Idade Adulta”. No entanto, o livro repete-se um pouco e não posso deixar de achar a autora algo hipócrita. O primeiro mandamento era “ser a Gretchen” e acho que muitas vezes não o foi, sobretudo na medida em que fingia que se sentia como se queria sentir e se ela era uma pessoa que criticava e queria reconhecimento, as semanas de simpatia extrema chocaram-me porque imaginava-a sendo falsa. Chateou-me bastante a parte do marido querer reconhecimento por a deixar dormir e ela praticamente engolir a resposta que lhe queria dar. Tal é uma das coisas que faço no dia a dia e deixa-me chateada comigo mesma, pois acabo por engolir tanto que rebento num dia de menos paciência, e rebento com quem não tem a culpa. É certo que há quem não aprenda mesmo que uma pessoa critique e mande vir, mas pela minha experiência sei que não criticar também não contribui em nada. Parece que o marido dela até passou a ajudar mais em casa, mas nem sempre (pela minha experiência quase nunca) tal acontece.

Como a própria autora afirma, cada um é como cada qual e o projeto dela não tem que ser necessariamente o de outra pessoa, mas acabei por arranjar um conjunto de resoluções em que vou tentar trabalhar daqui para a frente e coloquei inclusivé na minha nova agenda, troquei alguns dos itens da lista que tinha tirado daqui pelas minhas resoluções. Também estou a tentar elaborar os meus mandamentos e a acrescentar algumas coisas aos “segredos da idade adulta”. :)

Veredito: Emprestado e pouco se perde com isso. Acabou por ser uma leitura interessante e capaz de colocar a nossa vida e atitudes em perspetiva, o que me levou a perceber que não sou tão infeliz assim (na verdade até já me tinha apercebido de tal olhando para o que vai sucedendo à minha volta) mas devia de deixar de dar algumas coisas por garantido. Também devia destralhar. Sempre me gabei de encontrar a ordem no caos mas sinceramente leva o seu tempo e se tudo estiver arrumado é muito mais rápido. :D

Versatile Blogger


Regras:
  • Postar o selo e dizer quem me presenteou;
  • Dizer 7 coisas sobre mim;
  • Presentear 15 blogs com o mesmo.

Uau! Acho que nunca tinha sido nomeada por tanta gente, ainda por cima que admiro! *\o/* :D Assim tenho que agradecer à Jen, à P7, à Landslide, à Slayra, à Ana C. Nunes e à Maria João. Muito obrigada!

Agora as 7 coisas sobre mim... uhm...:
  1. Estou de férias! *dança dança* Vai saber bem poder desanuviar a cabeça e descansar um pouco, já andava a precisar.
  2. O meu irmão anda a tentar converter-me aos videojogos com algum (mas ainda pouco) sucesso, quase sempre digo "o jogo é giro e tem uma história interessante, há em livro?" :D A resposta tem sido "sim", já agora. :D
  3. Sonho fazer um cruzeiro sempre que vejo os barcos atracados. O meu preferido é o AIDAbella mas o Independence of the Seas impõe respeito. O_o
  4. Sou daquelas pessoas que gosta dos seus filmes e livros com sangue, mas se matam um animal cai o Carmo e a Trindade.
  5. Ando a vencer a procrastinação!
  6. Sou apologista de "saber pouco sobre muito em vez de muito sobre pouco" daí tentar ler e interessar-me por tudo e mais alguma coisa. Isto acontece até porque a minha attention span (falta-me o termo em PT) não é muito grande e se começo a imergir muito numa coisa aborreço-me.
  7. Adoro vacas e coleciono tudo o que tenha vacas. Chávenas, pratos, mealheiros, toalhas de cozinha... Até tenho um balão em forma de vaca, uma vaca antistresse, a foto de uma vaca no meu telemóvel e quero uma cozinha branca com manchas pretas.
Quanto ao presentear 15 blogs... acho que já todos os que nomearia foram nomeados mas quem quiser partilhar algo sobre si está à vontade. :)

21 de setembro de 2012

O Símbolo Perdido (Robert Langdon, #3)

Autor: Dan Brown
Ficção | Género: Thriller
Editora: Bertrand Editora | Ano: 2009 | Formato: livro | Nº de páginas: 571 | Língua: português

Como me veio parar às mãos: a minha mãe comprou-o depois de o encontrar à venda numa papelaria.

Quando e porque peguei nele: 26/agosto a 2/setembro. Simplesmente olhei para a estante e pensei “é o próximo”. Pareceu-me que seria uma leitura rápida e agradável, coisa que andava a precisar. Conta para os desafios: Mount TBR Challenge, Book Bingo - Bestseller.


Citações:
Ironicamente, o código tinha feito parte da intriga de um thriller medíocre que Langdon lera alguns anos antes.

Opinião: Dan Brown pode não ser o melhor escritor do mundo mas é dos que mais me entretém, não há qualquer dúvida. Assim que pego num livro dele, talvez excetuando A Conspiração, é-me muito complicado pousá-lo, e mesmo quando não estou a ler parece que só falo dele. Muito do entusiasmo pode dever-se aos cliffhangers, porque quero sempre saber como acabou determinada situação. É uma maneira barata de manter o interesse, a meu ver, mas resulta pá! E quando é Dan Brown a escrever, ainda mais!

Demora um pouco até se entrar no livro devido a algum infodump, mas quando a ação começa a acelerar torna-se num pageturner e uma pessoa nem dá pelas horas a passar. Mais uma vez seguimos Robert Langdon, enquanto mergulha pela maçonaria, ciência noética e algumas noções religiosas.

Gostei bastante de algumas discussões, revi-me mesmo em alguns pontos de vista partilhados, mas é algo previsível. Descobri quem era o vilão, por exemplo, ainda muito cedo na história. Além disto, parece que o clímax vem sempre muito antes do fim do livro, fazendo com que os capítulos finais sejam mais aborrecidos de ler. Entendo a sua função, possibilita o “final feliz depois de descoberto e protegido o verdadeiro segredo, e o regresso à rotina”, mas aborrece. :/

Como em livros deste autor tive os meus momentos “oh, não sabia” e os momentos “eu sei isto!”, tendo sido o mais notório a referência ao “AD”. Ia fazendo uma festa quando confirmei que era o que eu pensava! \o/

Senti muito a falta de imagens neste livro, não tanto nos outros, sobretudo porque pouco ou nada conheço de Washington e símbolos americanos, como o Grande Selo. É o único defeito que aponto mas como tinha o telemóvel à mão era uma questão de minutos enquanto pesquisava e via a que se referia o texto. Mas fica a pergunta, com o QR code (não que o meu telemóvel leia códigos do género, é uma pena) e os e-books, será que ligações para temas ou imagens não seriam uma forma de aumentar, por assim dizer, a experiência de leitura? Não digo que todos os livros beneficiassem, mas acho que thrillers deste género podiam ganhar com isso. :/

Veredito: Vale o dinheiro gasto. Recomendo mas eu sou parcial. O senhor escreve sobre temas que gosto, de uma maneira que me prende e eu pouco ou nada posso fazer se não devorar o livro. Ele até goza consigo próprio! xD

19 de setembro de 2012

Anónimo

Diretor: Roland Emmerich
Escritor: John Orloff
Atores: Rhys Ifans, Vanessa Redgrave, Sebastian Armesto

Mais informação técnica no IMDb.

Opinião: Apesar de estar numa temporada shakesperiana, devo confessar que pouco ou nada sei sobre o tão afamado autor inglês. Mas se tal se devia ao meu pouco interesse até este ano, o certo é que mesmo o que se conhece é muito pouco, de tal forma que se coloca mesmo em causa a existência de um William Shakespeare ou que existindo tenha escrito as obras. É sobre esta teoria que se debruça o filme, apresentando um outro candidato a autor.

Abrindo com uma peça de teatro apresentada por um conceituado ator shakesperiano, Derek Jacobi (fez de Claúdio no “Hamlet” de Kenneth Branagh, por exemplo), um dos defensores da “Oxfordian theory of Shakespeare authorship”, rapidamente a ação passa do palco para o passado, ilustrando então a teoria de que Edward de Vere, conde de Oxford, seria o autor mas que, devido ao facto de ser nobre e de uma eventual carreira política, não poderia assinar as peças de teatro. Deste modo teria escolhido um outro autor, Ben Jonson, para as assinar mas um ator bêbado, de seu nome William Shakespeare, vendo a reticência de Jonson teria sido mais inteligente e reclamado para si a glória.

Em termos históricos não me pareceu muito incorreto, apesar de trocarem as datas de exibição das peças e deixarem a ideia de que algumas teriam sido escritas cerca de 30 ou 40 anos antes. A reconstrução de Londres é algo imponente, os teatros são magníficos e o interior dos palácios belíssimos. Os variados saltos temporais são algo confusos a início mas o que realmente sobressai são as atuações, nomeadamente de Rhys Ifans (prefiro vê-lo em filmes mais sérios, como este), Vanessa Redgrave e Joely Richardson, mãe e filha que interpretam a rainha Isabel I em diferentes épocas da sua vida (sim, só recentemente descobri o parentesco, como é que nunca vi as semelhanças?!).

Posso não concordar com a teoria mas não deixo de achar que é um bom filme, com um enredo digno de Shakespeare. Gostei de ver os variados excertos das suas obras representadas, como uma peça dentro da peça (o que o próprio autor faz, por exemplo, em Hamlet), nomeadamente Henry V (lágrimas!), e de ver referências como se alguns episódios na suposta vida de Edward de Vere o tivessem inspirado a escrever diversas cenas, como quando ele mata alguém que se encontrava atrás de um reposteiro e eu tive de me controlar para não gritar “Polónio! Referência a Hamlet! Eu percebi a referência!” (estes são agora denominados os meus “momentos Capitão América” :D ).

Gostei e aconselho. Apesar de questionar a autoria dos textos parece-me retratar muito bem a época e acaba por colocar questões em que jamais havia pensado antes. A início Derek Jacobi pergunta se podia alguém rodeado de analfabetos ser capaz de escrever tais obras, mas podia alguém de ascendência nobre ser capaz de tal análise da alma humana, de agradar com palavras a gregos e troianos? Como estudaria o Homem quem escreveu os textos? Observava? Viveu alguma das coisas que as peças retratam? Enfim, food for thought...

Veredito: Vale o dinheiro gasto. Como disse, posso não concordar com a teoria mas aconselho o filme. Dá gosto ver excelentes representações.

17 de setembro de 2012

Discussão: Nunca Me Esqueças

Autor: Lesley Pearse 
Ficção | Género: Ficção Histórica
Editora: Edições Asa | Ano: 2008 (publicado originalmente em 2003) | Formato: livro | Nº de páginas: 432 | Língua: português


A primeira espécie de leitura conjunta correu tão bem, exceptuando a parte em que nem eu nem a Slayra  do "Livros, Livros e mais Livros" parece ter apreciado assim tanto a leitura, e foi tão giro de fazer, que resolvemos passar a fazer disto um hábito. Ou pelo menos tentar fazer disto um hábito. :D

Desta feita, andávamos a passear por livrarias, como sempre, quando surgiu-nos a ideia de ler este livro que, segundo várias opiniões, tinha uma capa enganadora. Apesar de parecer um livro de romance leve e cor-de-rosa, contaria a vida de uma convicta que teria sido deportada para Nova Gales do Sul, Austrália, numa tentativa de colonizar aquele território.

Apesar de se debruçar sobre um tema que poderia interessar a ambas e contar com uma personagem feminina inteligente e forte, o certo é que mais uma vez não ficámos convencidas com a leitura.

WhiteLady: Teste, teste! Vê lá se consegues escrever alguma coisa :D

slayra: teste. TESTE! *bate no microfone*

Declaro oficialmente aberta a discussão sobre o livro Nunca me Esqueças da Lesley Pearse (estou-me sempre a lembrar da amiga da Pocahontas a dizer “nunca... esqueças... esta terra”). Mas espera, quem tem de declarar esta discussão aberta és tu, WhiteLady, que és a dona do documento. *afasta-se devagarinho*

WhiteLady: LOL Ainda não acabei o livro, estou a chegar a meio, mas meu Deus como a mocinha é irritante! Já perdi a conta às vezes que ela, ou outra pessoa qualquer, diz que é mais inteligente e limpa que todas as outras e como elas têm inveja! E está sempre a dizer como o Will é alto e loiro, e como o Tench é simpático. Já revirei os olhinhos tantas vezes.

slayra: ahahah, estás a ver-me a escrever em tempo real? Eheh. Bem, concordo 100% é mesmo irritante a Mary [Sue]. xD 

Não sei se já chegaste à parte em que o Will deixa de ser mais que perfeito. É uma justificação para a Mary ser mais uma vez, heróica e fixe. :P

WhiteLady: Se te referes à parte em que ele é açoitado por roubar peixe para vender, sim. Também não gostei de como ela podia “vender o corpo” a troco de roupa e comida, mas valha-nos Deus se as outras querem ter sexo com tudo o que anda ou em troca de bebida! Ok, não será a coisa mais aconselhável de se fazer, mas irritou-me que o seu propósito fosse considerado bom, apesar de acabar por usar as pessoas, e as restantes fossem vilipendiadas quando o faziam pela mesma razão, mesmo que quisessem em troca outras coisas.

Mary Bryant, interpretada por Romola Garai, na minisérie
The Incredible Journey of Mary Bryant
slayra: É. Coisinha “self-righteous” a Mary. As suas acções são sempre justificadas, mas quando as outras fazem a mesma coisa, são umas depravadas. Gosto também do facto de que todos os criminosos são descritos como sendo preguiçosos, maldosos, etc. A autora não terá noção de que muitas daquelas pessoas eram criminosos de circunstância? E que muitos deles roubavam por ter fome ou eram *gasp* inocentes? A Mary roubou um chapéu mas mesmo assim continua a ser moralmente sã e o seu acto foi justificado. O resto das centenas de pessoas... são pessoas sem redenção possível. Como disse: construção simplista das personagens; fazer toda a gente parecer tão má que a nossa heroína é quase perfeita. Bah.

WhiteLady: Sim, isso também me irritou. Mas há alguns que até eram boas pessoas, roubam para não passar fome, mas acabam na forca por não serem tão engenhosos como a nossa heroína. A sério, ela lembra-me tanto a Ayla, dos Filhos da Terra, que estava à espera que ela aprendesse a linguagem dos nativos de um dia para o outro, como quase acontece! xD E o que dizer de ela engravidar para segurar o Will? E não me venham dizer que é para sobreviver... Ela é, raios falta-me a palavra... Mas não é moralmente boa, o facto de ter que sobreviver não desculpa todos os seus actos.

slayra: Maquiavélica? xD Lol, exagero, mas sim, acho que há uma distinção demasiado vincada entre a Mary e os “outros”. Não a condenaria por esse acto normalmente, porque compreendo que de acordo com a situação e a época era o que ela podia fazer para sobreviver, mas também não percebo porque é que a autora sente a necessidade de fazer ver o leitor que a Mary toma decisões moralmente duvidosas porque “tem que ser” e os outros fazem-no porque têm pouca moralidade. Sinceramente e realisticamente penso que todos o fazem por razões semelhantes... :P 

WhiteLady: Devia ter atenção ao que escreves. :D Não tinha reparado que já estava noutra página.

Exacto, todos roubam para sobreviver, agora quando ela faz é bom e quando são os outros ainda bem que são castigados, é bem feita para eles, é muito mau. Revela pouca sensibilidade. Além disso, ela é vista como uma heroína porque exigia coisas e tal para o bem comum, mas vai-se a ver é o seu próprio umbigo que tenta proteger e salvaguardar. Já teria colocado o livro de lado, mas acaba por fornecer uma boa visão, a meu ver, de como a colonização da Austrália foi feita, tema que até agora nunca vi explorado. Aliás, nunca li nada sobre colonização, a não ser nos livros de história, e estou a gostar de ler sobre as dificuldades que enfrentaram. Estaria o governo inglês à espera de uma colonização bem conseguida sem mandar artífices experientes e trabalhadores agrícolas? Eram assim tão ingénuos? Se calhar pensavam: “ah e tal, como não têm nada vão ter que se desenrascar e com o desenrascanço vem progresso” mas não deixa de ser um pensamento ingénuo, tendo em conta as incertezas sobre a fertilidade da terra e a viabilidade de culturas, e a existência ou não de fontes de água doce.

slayra: É verdade. É a primeira vez que leio um livro sobre este tema. Na verdade não sei muito sobre o assunto e foi uma leitura esclarecedora, se bem que é daqueles livros que leio com algum cuidado. Parece-me que a autora tomou algumas liberdades com o período.

Penso que a Austrália era sobretudo um local conveniente onde “largar” os indesejáveis da sociedade. Talvez o governo tenha tido em conta o facto de ser um território pouco viável em termos agrícolas e tenha decidido fazer uma experiência. Se resultasse, óptimo, se não... sempre tinham um local para despejar todo o tipo de criminosos. Duvido que tenham conseguido muitos voluntários para colonizar a terra.

WhiteLady: Realmente, acredito que não houvesse muita gente disposta a abandonar tudo para ir para o outro lado do mundo, sem terem a certeza que seriam bem sucedidos. Mas tendo em conta que muita gente vivia em dificuldades, a promessa de terra e casa poderia ser aliciante. E já não digo o “formarem” os criminosos. Dá ideia que os deixam andar como querem e no entanto dão-lhes os alimentos racionados. Devia ser “trabalhas, comes” mas da maneira que é descrito, pouco ou nada fazem. O_o Mas vai daí pode dever-se à parte em que eu estou.

slayra: Não, penso que os condenados eram muito maltratados, quase como escravos, mas também não me parece que os oficiais vivessem muito melhor. 

WhiteLady: Ok, está decidido, para a próxima escolhes tu o livro porque acho que, mais uma vez, não vou acabar a leitura. Sinto-me culpada por tal, porque esta até devia ser uma heroína à minha medida pois é inteligente, strong willed e, apesar de não andar à porrada, não se deixa ser pisada. Mas irrita! Irrita que volta e meia tanto a Mary como as restantes personagens enumerem todas as suas virtudes e qualidades. Irrita que mais ninguém para além de Mary pareça ter um Tico e um Teco. Irrita que a Mary seja “oh tão boa e a mais capaz de entre todos!” Chegam a chamar-lhe “Virgem Maria” pelo amor de Deus! *massive eye roll* É, praticamente, a rainha das Mary Sues! É pena. Um pouco mais de humildade e penso que teria gostado da personagem. Assim, juntando-se à suposta moralidade (em que condena os outros mas é capaz de fazer o mesmo), deixa-me sem qualquer tipo de curiosidade para saber o que o futuro lhe reserva, até porque acho que daqui a pouco os homens no barco instituem a religião da Mary Bryant e já estou farta dos louvores que lhe fazem...

É verdade, não chegámos a falar da capa...

slayra: Lol, não sei se terei mais sorte do que tu na escolha de um livro. xD Nah, no problem, se não gostas não leias, assim perdes tempo que podias estar a utilizar para fazer outras coisas. 

Realmente é uma pena que a Mary seja tão irritantemente perfeita porque a história em si poderia ser interessante... 

Quanto à capa (e à sinopse) acho que é (são) das coisas mais enganadoras que já vi. Esperava um livro completamente diferente. Antes de ler a sinopse esperava um romance contemporâneo; depois de ler a sinopse esperava um romance histórico daqueles mais leves.

De leve isto tem pouco; aliás, uma das coisas que me incomodou foi o facto do Will de repente se tornar um grande vilão chegando ao ponto (não sei se já leste esta parte) de violar a Mary. Não tem nada a ver com o tipo de pessoa que ele era no início; acho que a personagem está a agir como se fosse uma pessoa completamente diferente. :P Tudo para que a Mary possa ser moralmente superior no fim quando o “perdoa” (o que para mim só faz pior; este tipo de coisas não se “perdoa” nem se justifica). Ao mesmo tempo a autora sujeita a personagem principal a muito mais degradação do que seria necessário, na minha humilde opinião. 

WhiteLady: Também me sinto enganada quanto à capa e à sinopse. Já agora, até onde vai ela por amor? E amor a quem? Aos filhos? Will? Tench? Detmer ou lá como se chama o holandês? Ou vai até ao fim do mundo por amor a si própria? :D Sim, li a parte da violação e achei toda essa parte ridícula. Andam a lutar pela vida e o homem pensa que toda a gente quer comer a sua mulher? Achava que ela ia meter-lhe os cornos mesmo debaixo do nariz? Com gente com quem têm de estar 24h por um período de tempo indefinido? A sério, era mesmo em sexo que iam pensar quando andavam a lutar pela vida?! Mas vai daí, nunca tive na situação deles e já sabemos que criminosos não se regem pelas mesmas leis que a Mary, ou pelo menos quando convém à autora/história... *assobia inocentemente* Quanto à degradação, é só para mostrar quanto mais superior ela é. Não basta ser mais bela, mais limpa, mais inteligente... é a mais compassiva, é aquela que é capaz de perdoar os mais terríveis atos cometidos contra a sua pessoa... Não admira que lhe chamem Virgem Maria de tão pura e dócil que é...

slayra: Ou seja, mais uma leitura que foi para o galheiro. :P Sinceramente começo a questionar a qualidade dos autores que se publicam em Portugal. Mas talvez outros livros da autora sejam melhores. No entanto acho que esperar personagens minimamente complexas não é pedir muito. Estava a pensar que o próximo livro a ler (quando quiseres) pode ser aquele do Pride, Prejudice and Platypus; pelo menos esse já sabemos de antemão que vai ser ridículo... or do we? xD 

WhiteLady: Comigo há muitas leituras que têm ido para o galheiro este ano. Sinto que realmente estou a ficar mais exigente com as histórias e, sobretudo, com as personagens porque, como tu, acho que não é pedir muito personagens com algo mais substancial. As pessoas cometem erros e não são perfeitas, porque insistem em escrever personagens tipo Mary Sues? 

Há mais alguma coisa que queiras focar, tendo lido o livro todo? Não? Então ficamos por aqui. :D

E sim! Pride, Prejudice and Platypus parece-me uma excelente escolha! :D

WhiteLady - Não acabei
Slayra - 1.5 estrelas

Curioso, demos as mesmas notas que na outra leitura. xD

14 de setembro de 2012

Quando não estou a ler (6)

Este ano resolvi pôr por escrito as minhas resoluções e por entre coisas como "fazer a cama todos os dias" (parece que é a resolução mais comum, o que quer dizer que não sou assim tão preguiçosa, somos muitos! e note-se que se durante o ano fazia a cama uma vez ou outra, na última semana e meia, salvo erro, tenho sido bem sucedida! Go me! *\o/* ), "aprender a coser à máquina", "fazer mais corte e costura" (vide este post em que coloquei tais coisas em prática :P ), "ver e comentar mais filmes e séries mantendo um registo", existe um "cozinhar mais". Mas se há coisa que abomino é cozinhar. Adoro comer mas cozinhar está quieto. Eu é mais bolos e foi mesmo isso que andei a fazer.

No domingo passado, influenciada pelo último vídeo dos Diários Steampunk e conversas subsequentes no Twitter, resolvi fazer esta receita de "Treacle Tart", ou Tarte de Melaço se a tradução não me enganou. :P Comprei a massa quebrada no Pingo Doce, porque não me apetecia estar a fazê-la, e em vez de usar o tal xarope dourado da receita, que parece uma espécie de melaço, porque não tinha em casa e não me parece que seja fácil de encontrar, usei antes mel. Ficou bastante boa, apesar de a massa não ter crescido muito (não sei se é mal do forno, da massa ou se é mesmo problema meu), e acompanhada com bolas de gelado foi um instante enquanto desapareceu. :)

Na terça feira, algo deprimida com as notícias, andando eu com desejos de muffins de banana (durante um lanche lembrei-me de um que comi em Paris há coisa de um ano e que me soube pela vida), e tendo a minha mãe queixado-se de que tinha bananas a estragarem-se, gritei logo "muffins de banana! Vou fazer muffins de banana!" E pronto... Segui esta receita mas sem o chocolate, porque não tinha tabletes em casa (sim, o choque! como é possível não ter chocolate em casa?!) mas mesmo apesar de terem ficado um pouco doce de mais e pequenos, parece que não cresceram (ok, talvez seja mal do forno), não deixaram de ficar bem apetitosos.

E pronto, a pouco e pouco as resoluções vão sendo riscadas, mesmo que não seja exatamente o que tinha em mente mas conta o esforço. :P

13 de setembro de 2012

A Noiva Bórgia

Autor: Jeanne Kalogridis
Ficção | Género: Ficção Histórica
Editora: Difel | Ano: 2006 (publicado originalmente em 2005) | Formato: livro | Nº de páginas: 512 | Língua: português

Como me veio parar às mãos: veio das BLX. Achei que trazer apenas dois livros era pouco, então trouxe 3. :D

Quando e porque peguei nele: 20/agosto a 26/agosto. Tem Bórgia no título, tinha ouvido falar bem e queria ler algo do género. Conta para o desafio: Book Bingo - Ficção histórica


Opinião: Depois de não ter terminado o livro da Philippa Gregory e desejando, ainda assim, ler um livro de ficção histórica, aproveitei para ler este não só porque “OMD Bórgias!” e a segunda temporada está para estrear no AXN (claro que com a minha sorte vou perder quase todos os episódios ao ir para outras paragens, mas férias! \o/ ), mas também porque tinha ideia que o pessoal tinha gostado. De facto o livro até começa bem, é muito mais agradável seguir Sancha do que a Maria Bolena de Gregory, que me mexeu imenso com os nervos. Sancha parecia uma personagem mais decidida, com um lado mais negro ou não descendesse de doidos, como o seu avô que teria uma sala pejada de cadáveres dos seus inimigos. Talvez por isto, e por saber que para além de se casar com um Bórgia havia sido também amante de outros dois, esperava um outro tipo de história e evolução de personagem. Mas a partir do momento em que entram os Bórgias em cena, a coisa descarrila e acabou por perder o interesse.

A Sancha é a MAIS bela de todas e TODOS os Bórgias, com exceção de Lucrécia porque é gaja, se apaixonam por ela. Ou pelo menos querem ir para a cama com ela. Mas ela só tem olhos para o bonitão do César, até que descobre que só é bom como o milho por fora, pois não há criatura mais cruel que ele, e isto é dizer muito quando não há um único Bórgia bom pois Jofre é fraco, Juan é convencido e viola-a, o Papa é lascivo e incestuoso, a Lucrécia é uma bitch incestuosa mas também ingénua, conforme conviesse à história e desse jeito à autora. *suspiro*

Basicamente, o retrato resume-se a Bórgias são fracos ou a pior escumalha que alguma vez pisou a terra. Eu sei, sou parcial porque sou fascinada pela família, muito pelo que de mal se conta, mas chateou-me que não tivessem qualquer traço redentor, que os laços de família, que supostamente seriam fortes (se esquecermos a questão de Juan e César), aqui fossem apenas de conveniência, para atingir fins pessoais como no livro da Philippa Gregory e não para o bem comum da família. Um dos exemplos é a relação que Sancha, neste livro, tem com o irmão e que seria mais próxima da que Cesar e Lucrécia partilhavam, e eu esperava, do que a apresentada, que segue então a linha do incesto conforme propagandeada pelos inimigos da família. Sim, porque apesar da autora apresentar tal coisa como facto na nota final, não há qualquer suporte para tal coisa, para além dos rumores. Se ainda hoje na vida política se tenta desacreditar o adversário, imaginem nesta época, em círculos tão altos como o papado e quando a Itália se encontrava dividida em vários reinos e as várias famílias dominantes tentavam alargar a sua influência a estados vizinhos! E não bastava colocar a Lucrécia na cama do irmão, não também tinha de colocá-la na cama do pai porque, como disse, jamais houve pior escumalha! Claramente não bastava os abusos de poder e os assassinatos para mostrar a crueldade desta família... *revira olhos* Ok, eu até não me importaria com a cena do incesto se contribuísse de alguma forma para a história, mas parece que apenas estão lá para chocar o leitor já que até para caracterizar as personagens é desnecessário a meus olhos, que já havia percebido antes que eles eram maus, mais uma vez, a pior escumalha à face da terra. Não era preciso colocar tanta ênfase nisso!

A sério, tive realmente problemas com o retrato das personagens, nomeadamente dos Bórgias. Lucrécia não era a inteligência descrita pelos seus contemporâneos, como disse a sua caracterização parecia flutuar de acordo com as necessidades da autora, Rodrigo não era o hábil patriarca que conseguiu imiscuir-se em casas europeias nem o diplomata que jogava conforme lhe daria jeito, e César mais parece um menino mimado e caprichoso, pouco se vendo do hábil estratega que terá inspirado Maquiavel. Mesmo a própria Sancha acaba por prometer mais do que oferece. O retrato é tão de revirar olhos que já nem do resto da história me lembro, a não ser que parece se arrastar e repetir.

Enfim, acabou por entreter enquanto espero pela série televisiva, mas à semelhança da Philippa Gregory, prefiro a série que se debruça sobre as mesmas personagens históricas ao livro.

Veredito: Emprestado e pouco se perde com isso. Parece-me que havia potencial para mais, mas a autora preferiu antes chocar do que propriamente desenvolver as personagens por forma a tornar a história mais apelativa, o que faz com que por vezes pareça que o livro se arraste. Houve uma altura em que cheguei a contar quantas páginas faltava para o fim, porque já estava cansada de “ai que são tão cruéis” e “woe is me que tenho de continuar low profile ou a minha vida fica em risco”. Pensei que a Sancha tivesse cojones mas é preciso penar para ver tal coisa...

12 de setembro de 2012

Porque música é poesia (17)




Mumford and Sons - Sigh No More

Serve God, love me and mend
This is not the end
Live unbruised, we are friends
And I'm sorry
I'm sorry

Sigh no more, no more
One foot in sea, one on shore
My heart was never pure
And you know me
And you know me

But man is a giddy thing
Oh man is a giddy thing
Oh man is a giddy thing
Oh man is a giddy thing

Love; it will not betray you
Dismay or enslave you, it will set you free
Be more like the man you were made to be

There is a design, an alignment to cry
Of my heart to see,
The beauty of love as it was made to be

Love; it will not betray you
Dismay or enslave you, it will set you free
Be more like the man you were made to be

There is a design, an alignment to cry
Of my heart to see,
The beauty of love as it was made to be

Love; it will not betray you
Dismay or enslave you, it will set you free
Be more like the man you were made to be

And there is a design, an alignment to cry
Of my heart to see,
The beauty of love as it was made to be

11 de setembro de 2012

Curtas: Louca por Compras, Quando Menos Esperamos..., Assassin’s Creed: Renascença (Assassin’s Creed, #1)

Título: Louca por Compras
Diretor: P.J. Hogan
Baseado nos livros da série Shopaholic de Sophie Kinsella por Tracey Jackson, Tim Firth, Kayla Alpert
Atores: Isla Fisher, Hugh Dancy, Krysten Ritter

Mais informação técnica no IMDb.

Opinião: Nunca li os livros, nem tinha curiosidade em fazê-lo e não foi depois de ver o filme que mudei de opinião. Mas não deixa de ser engraçado, apesar de achar que a Rebecca leva bastante tempo a aprender e é demasiado ridícula em algumas partes, e de alertar para os problemas do consumismo desenfreado. Acho que no momento que atravessamos, acaba por ser um filme que nos obriga a pesar a nossa própria atitude perante compras, o superflúo e o recurso ao crédito.

Posto isto, gostava de ter visto um pouco mais dos textos da “rapariga do lenço verde”. Achei toda a cena da revista de economia acessível para tótos, por assim dizer, com exemplos reais, do dia-a-dia, com o qual uma pessoa pode de facto identificar-se, muito bem conseguida. Fiquei mesmo a desejar que realmente existisse algo do género, apesar de que hoje em dia acho que já há comentadores com esse tipo de sensibilidade. Ou então sou eu que, por a economia andar tanto na berra, pelos piores motivos, já ando a pescar mais do assunto...

Veredito: Emprestado e pouco se perde com isso.

Título: Quando menos esperamos
Autor: Sarah Dunn
Ficção | Género: chick lit
Editora: Editorial Presença | Ano: 2010 (editado originalmente em 2009) | Formato: livro | Nº de páginas: 248 | Língua: português

Como me veio parar às mãos: através das BLX.

Quando e porque peguei nele: 10/agosto/2012 a 15/agosto/2012. Depois de leituras que não me agarraram, queria uma história leve, que não obrigasse a pensar mas que me prendesse e me levasse a pegar nele, mais não fosse para ficar a olhar para o cão fofinho da capa (a sério, só dá vontade de fazer festinhas e  dizer “quem é o cão mais lindo do mundo?!”) e tentar perceber como é que ele entrava na história.


Opinião: Ora bem, este não é dos melhores nem dos piores livros que tenho lido deste género, que diga-se não é dos meus favoritos, o certo é que conseguiu agarrar a minha atenção. Consiste numa série de episódios de 4 ou 5 conhecidos, havendo traições, divórcios, reencontros, adoção de cães e o encontro do amor em locais que jamais se havia pensado.

Holly é a protagonista, o elo entre as várias personagens, e é por isso a que tem a história mais interessante de seguir, sendo que em cerca de um ano a sua vida dá várias voltas. Gostei sobretudo do final pois, com o seu percurso, Holly acaba por descobrir-se e sentir-se bem consigo mesma, não sendo importante saber se ela fica com alguém. Andava a queixar-me que todos os livros têm como final feliz casamentos e filhos, e não é que não goste desses finais, mas há vidas que se completam de outra forma, e eis que surge este. Sim, o final dá a entender que ela adotou o cão e ficou com o veterinário que a convida para sair, mas é suficientemente aberto para eu pensar que ela respondeu “obrigado mas não”.

Veredito: Emprestado e pouco se perde com isso.

Título: Assassin’s Creed: Renascença (Assassin’s Creed, #1)
Autor: Oliver Bowden
Ficção | Género: fantasia histórica
Editora: Saída de Emergência | Ano: 2010 (editado originalmente em 2009) | Formato: livro | Nº de páginas: 400 | Língua: português

Como me veio parar às mãos: através das BLX. Já que está aqui tão perto, é melhor aproveitar. :D

Quando e porque peguei nele: 15/agosto/2012 a 19/agosto/2012. O jogo suscitava algum interesse mas como sou meio naba a jogar pensei “ora bem, se há um livro experimento é o livro”.


Opinião: Não é uma má leitura, apesar das muitas liberdades criativas no que toca a factos históricos (daí a minha reticência em considerá-lo ficção histórica e ter optado por fantasia). Mas este livro também não se queria verídico mas que entretivesse, e isso é conseguido.

A ação é algo repetitiva a partir de determinado ponto, parecendo que se resume a Enzo cumprir missões e tarefas para assim ter acesso a melhor armamento e artefactos, neste caso páginas de um códice, para desvendar o grande mistério final, mas lê-se bem. Quase como um jogo. :D

O único ponto realmente negativo é a tradução, de bradar aos céus. Ele é erros ortográficos, má construção frásica, palavras que parece que desaparecem... Num livro com ação, que se quer de leitura rápida, as gralhas quebraram constantemente a leitura, prejudicando-a um pouco.

Veredito: Emprestado e pouco se perde com isso.

9 de setembro de 2012

Quando não estou a ler (5)

Agenda
Tinha dito no post sobre a minha experiência com o Moleskine Passions Livros que o ideal para mim seria ter journal e agenda juntos. Pois aqui está ela!

Já era normal eu fazer a minha própria agenda, desde 2005 ou 2006 salvo erro, pegando em cadernos e blocos de notas que andavam cá por casa (mais ao menos como isto mas o meu sistema era diferente, para todo o ano e não mês a mês). No entanto, como nos últimos anos tenho-os achado limitantes, por acabar sem espaço para escrever e por querer manter num só local muita informação que costumo ter dispersa, até por documentos a que só posso aceder através de um computador (o que nem sempre é prático e, devo confessar, está a assustar-me o quanto dependo de um computador), tinha em ideia usar o meu velho filofax para manter-me organizada. Infelizmente as recargas são caras e nem sempre estão disponíveis, fazer eu mesma as recargas também ficou rapidamente fora de questão por não encontrar um furador, assim decidi-me a pegar num velho dossier e fazer então algo à minha medida e dentro das minhas possibilidades.

Comecei por procurar ideias por essa internet fora e encontrei este post e este que me pareceram perfeitos. Depois, aproveitando algum dos tempos mortos no trabalho e horas de almoço, fiz o design para as páginas do interior:
  • calendário mensal - basta depois escrever o mês e os dias.
  • plano semanal - bastante semelhante ao disponível aqui, ocupando 2 folhas e basta escrever o mês e os dias. Também achei a lista a meio muito interessante e mantive-a com ligeiras alterações.
  • orçamento mensal - porque apesar de ainda morar em casa dos pais, não custa nada controlar as despesas. O modelo tem por base um modelo de folha de excel que encontrei no site da Microsoft.
  • folhas para assentar despesas e rendimentos diários - durante a faculdade usava as agendas da Ambar, que tinham uma colunas para apontar despesas e foi um hábito que ganhei pois, mais que o orçamento, apontar a despesa diária tem-me possibilitado manter em mente o dinheiro disponível e quanto ando a gastar.
  • journals - para livros e filmes/tv. São quase como que fichas e seguem mais ou menos o modelo que uso aqui no blog.
  • lista de empréstimos - sobretudo para saber onde é que andam as minhas coisas, porque às vezes a cabeça não se lembra.
Foram feitas para serem imprimidas frente e verso, em folhas A4 depois cortadas ao meio, e para poderem ser usadas em qualquer altura. Ainda não foram imprimidas, porque só penso usar esta agenda para o ano que vem. Está claro que também vai haver folhas em branco, para apontar qualquer pensamento que me passe pela cabeça, fazer listas de compras e sei lá que mais.

Agenda Agenda Agenda Parti depois para a parte exterior.
  • Peguei num dossier A4 de duas argolas, bastante estreito, e mandei cortar, já que não disponho de guilhotina, num tamanho um pouco mais pequeno que o normal A5.
  • Inspirada por estas bookcovers, resolvi que o dossier seria revestido a tecido, já que tinha alguns em casa. Ainda pensei em colar o tecido, como aqui, mas achei que uma outra solução seria melhor, não só para torná-lo lavável e altamente customizável, caso me aborreça com este tecido, mas também para ficar com bolsas para colocar outros papéis. As bolsas não são iguais porque tinha medo de depois não conseguir colocar o dossier lá dentro, pois já assim dá algum trabalho.
  • Para ficar mais fofinho, o tecido foi recheado com manta acrílica acolchoada.
  • Por fim foi colocado um botão (de um pijama velho, tinha-o guardado porque era engraçado) e uma fita que também andava cá por casa.

E pronto, este foi o primeiro de (espero) muitos projectos DIY! Mais que ver algo que tinha imaginado tomar forma e tornar-se útil, a grande satisfação vem do facto de que... aprendi a coser à máquina! \o/ Era uma das minhas resoluções para este ano e cumpri! Go me! É certo que os pontos ainda não saem perfeitos (diz que a máquina também tem culpa, já que é velhinha e os pontos andam a sair de diferentes tamanhos, mas pode ser só a minha mãe a tentar confortar-me), mas já me sinto preparada para outras aventuras, como bainhas e quem sabe camisolas... Enquanto andava a ver de tecidos encontrei uns aqui em casa que seriam perfeitos para coisas como estas 1, 2, 3. Tenho é de meter mãos à obra! Como a minha mãe diz o pior é cortar, mas se não sair uma camisola, dá de certeza para lenço ou trapo.

Desta vez deu para agenda e sei que a vou usar com bastante gosto e orgulho. :D

7 de setembro de 2012

ShakespeaRe-Told: Macbeth

Diretor: Mark Brozel
Baseado na peça Macbeth de William Shakespeare por Peter Moffat
Atores: James McAvoy, Keeley Hawes, Joseph Millson

Mais informação técnica no IMDb.

Opinião: Esta série apresenta como que uma visão contemporânea das obras do bardo inglês. Neste filme, Joe Macbeth é chef de um restaurante na iminência de receber as tão afamadas estrelas Michelin. No entanto, apesar de ser ele a mente criativa e quem dá o seu máximo na cozinha do restaurante, quem fica com os louros é o dono, também ele um chef reconhecido e que tem até um programa televisivo. Macbeth e Banquo, seu amigo, não estão muito satisfeitos com isto e encontram 3 homens do lixo que fazem então premonições e metem em marcha os eventos subsequentes, tal como acontece na peça.

Gostei bastante sobretudo devido às atuações de James McAvoy e Keeley Hawes, que retratam bem não só a ambição e a insatisfação dos seus personagens, mas sobretudo o desespero e a loucura que se apodera deles após perpetrarem tão nefastos atos. É notório o cisma que se vai dando entre os dois, que eram tão unidos a princípio, claramente apaixonados um pelo outro, mas devido aos atos que cometem afastam-se, talvez por acharem que foi o outro que os levou a tal, fechando-se cada um sobre si mesmo, vendo a negrura da sua alma que lhe foi revelada devido ao outro.

Para além disto, a imagem tipo "CSI Las Vegas" dá um tom algo soturno ao filme, e pareceu-me bem conseguido o contraste entre lixo e sujidade, que de certo modo retrata a alma do casal, e a cozinha imaculadamente limpa, que parece ser a imagem que ambos tentam passar para o exterior.

Tive alguma pena que o texto não fosse o original, que tem passagens lindas, mas não deixa de ser uma adaptação competente, que tenta trazer a peça para os nossos dias.

Veredito: Vale o dinheiro gasto. Continuo a querer ver a peça no teatro, mas para uma adaptação televisiva não me pareceu mal. As atuações são brilhantes.

6 de setembro de 2012

Booking Through Thursday: Livros da escola


A pergunta desta semana é...
We all had to read things in school that we didn't like... but what about something you read for a class that you ended up liking (or loving)? An author you discovered that you might not have found? A genre you hadn't thought about?
Um dos livros que li como leitura obrigatória na escola e vim a adorar foi A Pérola de John Steinbeck. Andava no 8º ano e a professora achava que nos devíamos preparar para as leituras obrigatórias no secundário começando desde cedo. Toda a gente torceu o nariz, eu inclusivé, mas o certo é que vim a adorar o livro e o autor. Já pouco me lembro da história, é um dos que espero vir a reler no futuro até porque tenho a certeza que a experiência e o meu entendimento da obra será diferente, mas recordo o fascínio. De como as palavras pareciam tão bem escolhidas, o sentimento que invocavam, como a tristeza e o desespero. Houve partes que me lembro custaram-me a ler por parecerem tão cruas, quando estava mais habituada a histórias de aventuras e tal, mas foi uma experiência bastante gratificante.

5 de setembro de 2012

Parceiros à Força

Criado por: Cormac Wibberley e Marianne Wibberley
Atores: Michael Ealy, Warren Kole, Sonya Walger, Jack McGee

Mais informação técnica no IMDb.

Temporada: primeira mas quero tanto, tanto uma segunda!

Opinião: Digam-me que qualquer coisa tem “bromance” e lá estou eu a ver. Foi uma sugestão da Filipa que claramente sabe do que eu gosto. <3

Podia tratar-se de outra série policial não fosse o facto de os dois protagonistas, Wes e Travis, terem de frequentar terapia para casais para que a relação profissional resulte, isto depois de Wes ter sacado da sua arma e ameaçado disparar sobre Travis. Ficamos a saber o porquê de tal coisa no último episódio da temporada, que por acaso foi dos que mais gostei. Quer dizer, eu adorei todos mas o último, com Awolnation na banda sonora e as várias versões de ambos para o tal momento fatídico, que me fizeram rir a bandeiras despregadas, acaba por ser especial. :P

O humor é algo que persiste pela série, e é o que mais gosto nela, mas tem também algum drama, suspense, ainda que alguns dos crimes sejam de resolução não muito difícil, e ação. Gostei bastante da química, por assim dizer, entre os protagonistas, mas também entre eles e a terapeuta ou o chefe. Este último deve ser o mais louco de todos. xD Também adorei que cada episódio abrisse com uma citação que, de certa forma, retratava a relação dos protagonistas durante o mesmo.

É uma série bastante agradável de seguir, mais não seja porque penso que é fácil empatizar com as personagens e com os problemas pelos quais passam. Vivemos em sociedade, temos que aturar pessoas que por vezes mexem com o nosso sistema nervoso e esta série acaba por ser excelente ao retratar isso. Espero sinceramente que venha a ser renovada.

Citações:
Travis: N-O. That’s not how you spell “thank you!”
Wes: I am way to hungry to be mature about something like this.
Cpt. Mike Sutton: I am a positive ion in the universe.

Veredito: Vale o dinheiro gasto. Mas acho que sou parcial porque adoro e estou como que in love com o raio da série. xD Quer dizer, bromance, série policial com ação q.b. e que me faz rir? Eu ia jurar que tinham feito a série para mim!

3 de setembro de 2012

Duas Irmãs, Um Rei

Diretor: Justin Chadwick
Adaptação de Duas Irmãs, Um Rei de Philippa Gregory por Pete Morgan
Atores: Natalie Portman, Scarlett Johansson, Eric Bana

Mais informação técnica no IMDb.

Opinião: Disseram que seria melhor que o livro, não foi. Há pontos positivos, as roupas, cenário, etc, pareceram-me adequados e magníficos. Não se arrasta tanto como o livro, mas ainda assim aborrece e só não adormeci porque estava a vê-lo numa cadeira bastante incómoda, volta e meia tinha de mudar de posição e isso manteve-me acordada. Mas o pior mesmo é a história que, sendo mais ou menos a retratada na obra que lhe deu origem, toma bastantes liberdades. Ainda ponderei parar a meio mas fiquei sempre à espera que algo melhorasse assim que Anne atingisse o seu objetivo, mas continuou na mesma onda aborrecida e com o tempo a passar como se fossem meia dúzia de meses e não anos.

Não consegui sentir nenhum tipo de emoção, para além de fastio, mas achei que a relação de Anne e Mary estava mais convincente de que no livro. Foi uma pena ver tanto o irmão daquelas e, sobretudo, Catarina relegados para planos tão secundários, já que eram das poucas personagens que me interessaram no livro.

Ainda falando no livro, está visto que não perdi muito. Fiquei com a ideia de que tinha muita palha ao ver o filme.

Acho que esta história não foi feita para mim. Acontece. A série "The Tudors", apesar de também ter liberdades criativas no que à história diz respeito, consegue ser mais interessante, e não se deve apenas ao eye candy, pelo menos da segunda temporada para diante. A primeira é historicamente imprecisa demais para o meu gosto. *dor*

Veredito: Com tanto filme tive de ver este. Valeu-lhe o não estar a dar nada melhor e não me apetecer ler nem dormir.

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